Santander Brasil tem lucro de R$ 3,86 bilhões, alta de 28% no 1º trimestre
30/04/2025
(Foto: Reprodução) Desempenho veio ligeiramente acima das expectativas de mercado, que esperavam R$ 3,77 bilhões para os três primeiros meses do ano. Sede do Santander Brasil em São Paulo.
Amanda Perobelli/ Reuters
O Santander Brasil divulgou nesta quarta-feira (30) um lucro líquido de R$ 3,86 bilhões para o primeiro trimestre, um crescimento de 27,8% em relação ao desempenho de um ano antes, e ligeiramente acima das expectativas de mercado.
Em média, analistas esperavam que o banco tivesse um lucro de R$ 3,77 bilhões nos três primeiros meses do ano, segundo uma pesquisa da Lseg.
O resultado do banco veio com melhora na eficiência, aumento moderado dos empréstimos, redução no número de agências, crescimento da margem financeira e aumento das reservas para cobrir possíveis calotes (provisões de crédito), que acompanharam o crescimento dos empréstimos.
O Santander Brasil, primeiro grande banco do país a divulgar seus resultados do início do ano, teve um índice de eficiência de 37,2%, melhor que os 39,7% do mesmo período de 2024. Além disso, a rentabilidade sobre o patrimônio aumentou 3,3 pontos percentuais, chegando a 17,4%.
Enquanto os empréstimos concedidos cresceram 4,3%, atingindo R$ 682,3 milhões, a taxa de inadimplência, que tem sido uma preocupação devido à alta dos juros e aos pedidos de recuperação judicial de algumas grandes empresas, permaneceu praticamente estável em 3,3%.
No entanto, a taxa de inadimplência futura, que mostra empréstimos vencidos entre 15 e 90 dias, subiu de 3,8% para 4,1%, acima dos 3,7% registrados no final de 2024.
Durante o período, o Santander reservou R$ 7 bilhões para cobrir possíveis calotes, um aumento de 3,6% em relação ao ano anterior.
O banco encerrou o primeiro trimestre com uma margem financeira bruta de R$ 15,9 bilhões, um aumento de 7,7% em relação ao ano anterior.
A margem financeira, que mede a diferença entre as receitas de serviços como empréstimos e investimentos e as despesas financeiras, cresceu 9,5% em relação aos clientes, enquanto as comissões aumentaram 5,1%, chegando a R$ 5,1 bilhões.
O Santander Brasil afirmou no balanço que o avanço da margem financeira ocorreu "em função tanto da margem com crédito quanto da margem de captação, beneficiada pelo aumento da Selic, maiores volumes e mix".
As despesas gerais do Santander Brasil cresceram 4,4%, o número de agências — chamadas de lojas pelo banco — caiu em 299, para 1.126, e o número de funcionários encerrou março em 55.303, praticamente estável em relação ao ano anterior.
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